terça-feira, 27 de agosto de 2013

Creche Municipal Mercedes Rosa dos Santos


quinta-feira, 15 de agosto de 2013



FORMAÇÃO CONTINUADA-PROINFÂNCIA BAHIA 2013
Por Elaine Almeida

O CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL



QUESTÕES NORTEADORAS DOS ENCONTROS DE FORMAÇÃO CONTINUADA







   Com a resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino fundamental de 9 anos, será necessário considerar os três anos iniciais do ensino fundamental como um bloco pedagógico ou um ciclo seqüencial não passível de interrupção denominado Ciclo da Infância. No final desse ciclo a criança tem o direito de estar alfabetizada, como também, à consolidação de saberes essenciais e fundamentais das áreas e componentes curriculares obrigatórios estabelecidos nas diretrizes curriculares  nacionais.


   Para tanta, o programa PACTO e PNAIC tem como objetivo mobilizar e sensibilizar a todos envolvidos no processo educacional, valorizado e apoiando professores e escolas, disponibilizando materiais didáticos de qualidade para todas as crianças e implantando sistema de formação de professores monitoramento e avaliação.




  •   CURRÍCULO? NA EDUCAÇÃO INFANTIL ? COMO ASSIM?


  •   EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM PODEM SER LEVANTADAS PARA CRIANÇAS PEQUENAS?







Art. 3º O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.



Art. 4º As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.





As novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação infantil foram elaboradas a partir da ampla escuta a educadores, movimentos sociais, pesquisadores e professores universitários, eles destacam a necessidade de estruturar e organizar ações educativas com qualidade e a construção de propostas pedagógicas que dêem voz às crianças e acolham a forma delas significarem o mundo e a si mesmas.



O Brincar na Educação Infantil



O Brincar vem ganhando forca no conceito e na importância para o desenvolvimento e aprendizagem na Educação de crianças. A essência do brincar mantém-se firme em todas as culturas e para todas as crianças, inclusive e especialmente para as crianças de Educação Especial.





O  currículo na educação infantil deve ter como eixo norteador as interações e a brincadeira, o brincar precisa ser considerado como a principal atividade na Educação Infantil.



Um trabalho baseado na pedagogia do brincar leva em conta a organização das atividades. Os recursos precisam ser planejadas para que as crianças possam aprender a brincar, ao tempo em que considera as suas necessidades de desenvolvimento, considerando:


A BRINCADEIRA COMO UM ENCONTRO DE TODAS AS ARTES; 
O ESPAÇO COMO EXPERIÊNCIAS DE CULTURA; 
O COTIDIANO COMO ESPAÇO DE INTERAÇÃO DE QUALIDADE;




O Brincar na Educação Infantil



O Brincar vem ganhando forca no conceito e na importância para o desenvolvimento e aprendizagem na Educação de crianças. A essência do brincar mantém-se firme em todas as culturas e para todas as crianças, inclusive e especialmente para as crianças de Educação Especial.




As cem linguagens da Criança





A criança é feita
A criança tem cem linguagens
Cem mãos cem pensamentos
Cem maneiras de pensar
De brincar e de falar
Cem sempre cem
Maneiras de ouvir
De surpreender de amar
Cem alegrias para cantar e perceber



Cem mundos para descobrir
Cem mundos para inventar
Cem mundos para sonhar.
A criança tem
Cem linguagens
(e mais cem, cem, cem)
Mas roubam-lhe noventa e nove
Separam-lhe a cabeça do corpo
Dizem-lhe:
Para pensar sem mãos, para ouvir sem falar

Para compreender sem alegria
Para amar e para se admirar só no Natal e na Páscoa.
Dizem-lhe: Para descobrir o mundo que já existe.
E de cem roubam-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:Que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia A ciência e a imaginação
O céu e a terra, a razão e o sonho
São coisas que não estão bem juntas
Ou seja, dizem-lhe que os cem não existem.
E a criança por sua vez repete: os cem existem!


Loris Malaguzzi (1996)