FORMAÇÃO
CONTINUADA-PROINFÂNCIA BAHIA 2013
Por Elaine Almeida
O CURRÍCULO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
QUESTÕES NORTEADORAS
DOS ENCONTROS DE FORMAÇÃO CONTINUADA
Com a resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010, que fixa
as Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino fundamental de 9 anos, será
necessário considerar os três anos iniciais do ensino fundamental como um bloco
pedagógico ou um ciclo seqüencial não passível de interrupção denominado Ciclo
da Infância. No final desse ciclo a criança tem o direito de estar
alfabetizada, como também, à consolidação de saberes essenciais e fundamentais
das áreas e componentes curriculares obrigatórios estabelecidos nas diretrizes
curriculares nacionais.
Para tanta, o programa
PACTO e PNAIC tem como objetivo mobilizar e sensibilizar a todos envolvidos no
processo educacional, valorizado e apoiando professores e escolas,
disponibilizando materiais didáticos de qualidade para todas as crianças e
implantando sistema de formação de professores monitoramento e avaliação.
-
CURRÍCULO? NA EDUCAÇÃO INFANTIL ? COMO ASSIM?
-
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM PODEM SER
LEVANTADAS PARA CRIANÇAS PEQUENAS?
Art. 3º O
currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que
buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos
que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e
tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5
anos de idade.
Art. 4º As
propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança,
centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas
interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua
identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa,
experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a
sociedade, produzindo cultura.
As novas
Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação infantil foram elaboradas a
partir da ampla escuta a educadores, movimentos sociais, pesquisadores e
professores universitários, eles destacam a necessidade de estruturar e
organizar ações educativas com qualidade e a construção de propostas
pedagógicas que dêem voz às crianças e acolham a forma delas significarem o
mundo e a si mesmas.
O Brincar
na Educação Infantil
O Brincar
vem ganhando forca no conceito e na importância para o desenvolvimento e
aprendizagem na Educação de crianças. A essência do brincar mantém-se firme em
todas as culturas e para todas as crianças, inclusive e especialmente para as
crianças de Educação Especial.
O currículo na educação infantil deve ter como
eixo norteador as interações e a brincadeira, o brincar precisa ser considerado
como a principal atividade na Educação Infantil.
Um trabalho
baseado na pedagogia do brincar leva em conta a organização das atividades. Os
recursos precisam ser planejadas para que as crianças possam aprender a
brincar, ao tempo em que considera as suas necessidades de desenvolvimento,
considerando:
•A BRINCADEIRA COMO UM ENCONTRO DE TODAS AS ARTES;
•O ESPAÇO COMO EXPERIÊNCIAS DE CULTURA;
•O COTIDIANO COMO ESPAÇO DE INTERAÇÃO DE QUALIDADE;
O Brincar
na Educação Infantil
O Brincar
vem ganhando forca no conceito e na importância para o desenvolvimento e
aprendizagem na Educação de crianças. A essência do brincar mantém-se firme em
todas as culturas e para todas as crianças, inclusive e especialmente para as
crianças de Educação Especial.
As
cem linguagens da Criança
A
criança é feita
A criança tem cem linguagens
Cem mãos cem pensamentos
Cem maneiras de pensar
De brincar e de falar
Cem sempre cem
Maneiras de ouvir
De surpreender de amar
Cem alegrias para cantar e perceber
Cem
mundos para descobrir
Cem mundos para inventar
Cem mundos para sonhar.
A criança tem
Cem linguagens
(e mais cem, cem, cem)
Mas roubam-lhe noventa e nove
Separam-lhe a cabeça do corpo
Dizem-lhe:
Para pensar sem mãos, para ouvir sem falar
Para
compreender sem alegria
Para amar e para se admirar só no Natal e na Páscoa.
Dizem-lhe: Para descobrir o mundo que já existe.
E de cem roubam-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:Que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia A ciência e a
imaginação
O céu e a terra, a razão e o sonho
São coisas que não estão bem juntas
Ou seja, dizem-lhe que os cem não existem.
E a criança por sua vez repete: os cem existem!
Loris
Malaguzzi (1996)